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quinta-feira, 27 de maio de 2010

:: Cardeal de Richelieu ::

Armand Jean du Plessis, Cardeal de Richelieu, duque e político francês (Paris, 9 de setembro de 1585 - Paris, 4 de dezembro de 1642) e primeiro-ministro de Luís XIII de 1628 a 1642; foi arquitecto do absolutismo na França e da liderança francesa na Europa. Teria nascido na rue de Jouy (hoje em Paris IV) em 9 de setembro de 1585 e foi batizado na igreja de St-Eustache em 5 de maio. Seu irmão mais velho era Henri du Plessis, marechal de campo, governador da cidade de Angers, morto em duelo em 1619 por seu adversário o Marquês de Thémines.

Consagrado Bispo de Luçon em 1607, foi orador do clero nos Estados Gerais de 1614, passando a fazer parte do conselho da regente Maria de Médici por volta de 1616. Tornou-se cardeal em 1622.

Em 10 de novembro de 1630 Richelieu derrotou seus adversários.

Chefiando o Conselho do rei, ou Conseil d'État, desde 1624, Armand Jean du Plessis, Cardeal, Duque de Richelieu, tinha levado a nobreza a se rebelar. Combateu também com eficácia os protestantes do interior do país e seus aliados ingleses. Depois do sítio de La Rochelle e do Edito de Alès, pouco restava da antiga grandeza dos protestantes franceses. Richelieu desejava assegurar a tranquilidade da França nas fronteiras e se dispôs portanto a combater os Habsburgos, católicos, que governavam a Espanha de um lado da fronteira e os Estados austríacos do outro. Assim, o cardeal se aliou a protestantes alemães que combatiam o Imperador.
Era mais do que podia suportar por que ele era pequeno no partido católico na corte! Tal partido se reagrupou ao redor da Rainha mãe, Maria de Médicis, e do irmão do Rei, Gastão, Duque d'Orleães. No dia 10 de novembro, em seu palácio do Luxemburgo, que hoje é a sede do Senado, Maria de Médicis convocou o filho, o repreendeu, pediu que abandonasse Richelieu. O Cardeal, reconhecendo a importância da entrevista, tentou entrar na sala mas Maria de Médicis tinha recomendado aos guardas manter as portas fechadas. Uma porta entreaberta apareceu, porém, e Richelieu conta em suas Memórias: "Dieu s'est servi de l'occasion d'une porte non barrée qui me donna lieu de me défendre lorsqu'onf tâchait de faire conclure l'exécution de ma ruine". Ou seja: "Deus se serviu da ocasião de uma porta destrancada para que eu pudesse me defender quando se tramava minha ruína".

Maria de Médicis mais tarde dirá: "Si je n'avais pas négligé de fermer un verrou, le cardinal était perdu". Ou: "Se eu não tivesse me esquecido de um ferrolho, o cardeal estaria perdido".

Entrando, Richelieu ouviu violentas censuras da Rainha, se ajoelhou diante do rei, argumentou. Luís XIII lhe deu as costas e foi para Versalhes, onde possuía um pavilhão de caça que seu filho Luís XIV transformará mais tarde no famoso palácio. Os cortesãos, acreditando na vitória da Rainha, se inclinavam diante dela. O rei mandou entretanto chamar Richelieu, renovou-lhe sua confiança, prometeu jamais se separar dele. Pelo resto de suas vidas, os dois trabalharam juntos. Bautru, Conde de Serrant, cortesão do partido da Rainha, pronunciará então a frase que perdura: "C'est la journée des dupes!" (Foi o dia dos enganados!)

Vencedor, o Cardeal obteve do rei o afastamento da mãe. Maria queria se instalar na fortaleza de la Capelle, ao Norte de Laon. Mas teve que se resignar ao exílio nos Países Baixos: morrerá em Colônia, em 3 de julho de 1642 numa casa emprestada pelo pintor Rubens, o mesmo que tinha feito para ela, nos tempos do seu esplendor, uma maravilhosa série de telas, hoje no Louvre. Gastão de Orleans, aspirante à sucessão do irmão, que ainda não tinha herdeiros aos 30 anos, foi obrigado também a deixar a corte.
E em nome da razão de Estado, com apoio do Rei, Richelieu pode realizar as guerras que bem entendia. Apoiou os protestantes da Alemanha na guerra religiosa que ficará conhecida como Guerra dos Trinta Anos e comprometerá diretamente a França por sua declaração de guerra à Espanha. O conflito só será resolvido pelos tratados de Westfália, consagrando a marginalização da Alemanha por dois séculos.

Em relação à política interna, Richelieu destruiu o poder político e a capacidade militar dos huguenotes e deu continuidade à política absolutista de Henrique IV. Aliou o partido católico "Dévot" e a hierarquia judicial. Esforçou-se por submeter os nobres, aos quais proibiu os duelos (editos de 1626), e reprimiu as conspirações tramadas contra ele (execução de Chalais, Cinq-Mars e Thou). Sua administração foi assinalada por reformas úteis nas finanças, no exército e na legislação (código Michau). Foi o criador do absolutismo real, pôs fim aos privilégios provinciais com a centralização administrativa e a instituição de intendentes. Fundou a Academia Francesa. Sua política de tributação entre as classes mais baixas criou um estado de revolta endêmico em diversas províncias.

Necessitava de dinheiro para financiar a ativa política externa contra o poderio da casa da Áustria (Habsburgos) e, durante a Guerra dos Trinta Anos, subsidiou os protestantes neerlandeses, dinamarqueses e suecos para que lutassem contra os Habsburgos. Ocupou a Valtelina (1624-1625), Pignerol e Mântua. Conseguiu contra ela a aliança da Suécia, declarou guerra à Espanha (1635) e conquistou o Roussillon (1642). Combateu o partido protestante dos huguenotes, obtendo-lhe a rendição na fortaleza de La Rochelle (1628) e em Montauban, mas concedeu-lhe o perdão em Alès (1629). O partido católico, irritado pela sua política externa, não conseguiu, entretanto, sua demissão. Richelieu também apoiou as revoltas antiespanholas na Catalunha e em Portugal (1640).

Seu sucessor foi Mazarin, que se preparou para dar continuidade à sua política.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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