Um hotel que hospeda cerca de 20 jornalistas na Copa do Mundo da África do Sul foi assaltado esta noite, em Megaliesburg (a 70 km de Johanesburgo), e três profissionais foram roubados por um grupo de homens armados.
Manu Sainz, do jornal espanhol "As", explicou à Agência Efe que, por volta das 5h locais (0h de Brasília), os assaltantes entraram no quarto de três jornalistas, dois portugueses e um espanhol, e levaram todo seu equipamento de trabalho.
Os assaltantes roubaram material fotográfico, computadores, documentos, roupas e as credenciais do Mundial, mas os jornalistas, que fazem a cobertura de imprensa da seleção portuguesa na Copa, não foram agredidos.
Os ladrões entraram no hotel Nutbush Logde, a poucos quilômetros do local de treino da seleção portuguesa e invadiram os quartos enquanto os jornalistas estavam dormindo.
"Recebemos a informação sobre o suposto assalto e estamos à espera do relatório policial. Não temos dados a respeito", afirmou o diretor de comunicação da Fifa, Nicolas Maingot.
O incidente não suscitou preocupações nem à Fifa nem aos responsáveis do Comitê Organizador da Copa do Mundo (LOC). Segundo o porta-voz do Comitê, Rich Mkhondo, a dois dias do início do Mundial, tudo anda bem.
"Não há nada que nos preocupe e o que desejamos é que já comece o torneio. Estamos satisfeitos após tantos anos de preparativos em colaboração com as autoridades sul-africanas, que nos ajudaram muito", ressaltou Maingot.
O Comitê Organizador também não está preocupado com questões de segurança. "O que nos preocupa são os possíveis engarrafamentos para o jogo de abertura. Pedimos às pessoas que não usem carros e compareçam (ao estádio) duas horas antes por transporte público", disse Mkhondo em coletiva de imprensa.
No momento, os policiais fazem buscas nos arredores do hotel, utilizando cães farejadores.
Os jornalistas hospedados no hotel fazem parte da comitiva que acompanha a seleção portuguesa desde a saída de Lisboa, no último sábado.
Mulaudzi disse que ainda não se sabe exatamente como os ladrões tiveram acesso ao hotel Nutbush Lodge, onde estão hospedados cerca de 20 jornalistas que cobrem a seleção Portugal. Segundo ele, a chamada de emergência aos funcionários do hotel foi feita muito tarde.
"Os jornalistas não deram voz de alarme até 6h30. Não sabemos por que, talvez tinham medo e queriam ter certeza de que os ladrões tivessem ido embora", disse o coronel.
No entanto, um deles, o repórter que trabalha para o "Jornal de Notícias" e "O Jogo", Antonio Simões, acordou quando dois assaltantes estavam em seu quarto. Segundo ele, os homens colocaram uma arma em sua cabeça enquanto gritavam "Dorme, dorme!".
Fonte http://www.copa2014.org.br
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