Nos últimos anos da Guerra, a Alemanha realizou um enorme esforço no sentido de produzir novas armas. Foi o caso das bombas voadoras.
As primeiras, as V1, tinham apenas um raio de acção de 300 km e a sua velocidade (500 km/h) permitia que as baterias anti-aéreas ou os próprios caças as abatessem antes de atingirem o seu objectivo. Além disso, eram pouco precisas e falhavam frequentemente o alvo. No entanto, em Setembro de 1944, surgiu uma nova e terrível arma, a V2. O V é a inicial de Vergeltungswaffe (“arma da vingança”, em alemão). Na verdade, com esta arma, Hitler pretendia vingar-se dos bombardeamentos maciços a que a Alemanha estava sujeita.
Mais que uma bomba voadora, a V2 era já um verdadeiro foguete ou um míssil balístico, antepassado dos modernos mísseis intercontinentais. Aliás, o cientista que criou a V2, Werner von Braun (1912-1977) fixar-se-ia nos EUA no final da Guerra, vindo a desenvolver para a NASA os foguetões Saturno V, que levariam o homem à Lua.
A V2 tinha as seguintes características: altura - 14 m; peso - 13 toneladas (mais 9 de combustível); velocidade máxima: 5580 km/h; altitude máxima atingida: 97 km; velocidade no momento do impacto: 2900 km/h; tempo decorrido entre o disparo e o impacto: 46 segundos, em média.
A bombas voadoras eram lançadas da base de Peenemünde, nas costas do mar Báltico. Entre Agosto de 1944 e Fevereiro de 1945 foram lançadas 7300 bombas voadoras sobre a Holanda (já libertada pelos Aliados) e sobre a Inglaterra, das quais 4300 eram mísseis V2.
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