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quinta-feira, 13 de maio de 2010

:: Benjamin Franklin (1706-1790) ::

Benjamin Franklin


Boston, 1706 - Filadélfia, 1790

Estadista e físico norte-americano, Filho de um modesto fabricante de velas, começa a trabalhar aos dez anos como aprendiz no estabelecimento do pai. Posteriormente passa para a tipografia do seu irmão James. Ao mesmo tempo dedica todo o seu tempo livre a instruir-se. O Ensaio sobre o Entendimento Humano, de Locke, e The Spectator, de Addison, exercem grande influência sobre o seu espírito. Em 1723, Franklin visita Nova Iorque e Filadélfia e, finalmente, viaja para a Grã-Bretanha, onde aperfeiçoa a sua educação.

De novo na América, Franklin cria por sua vez uma tipografia e funda uma revista (Poor Richard´s Almanac) e um jornal. Pouco depois cria um clube, funda uma biblioteca, um hospital, uma companhia de seguros contra incêndios, etc.

Apesar de tantas ocupações, Franklin continua a ocupar-se da sua formação e dos seus estudos. Entrega-se com entusiasmo à investigação dos fenómenos eléctricos. Uma série de trabalhos empreendidos entre 1746 e 1747 conduzem-no à invenção do pára-raios. A Royal Society de Londres e a Academia de Ciências de Paris abrem-lhe as portas. Estuda alguns problemas relacionados com o crescimento demográfico, a contaminação do ar e a higiene e inventa os óculos bifocais e a estufa que tem o seu nome.

Ao iniciar-se a revolução das colónias da América do Norte, os colonos encarregam-no em 1757 de defender os seus interesses em Londres. Em 1763, após a sua eleição na Assembleia da Pensilvânia, encarregam-no de transmitir a Lord Granville a sua queixa por causa dos impostos. Em 1772, Franklin consegue dispor de cartas e documentos do governador inglês de Massachusetts, Hutchinson, e do alto funcionário Oliver, onde os colonos são tratados com o mais insultante desprezo. Publica estes documentos e é quase detido como rebelde. Recebido triunfalmente em Filadélfia (1775),é eleito deputado do primeiro congresso norte-americano. Franklin, com Jefferson e John Adams, redige o manifesto da declaração de independência (1776) e encarrega-se de negociar uma aliança com França.

Em Paris é acolhido com entusiasmo e, em 1778, assina o tratado de amizade entre a França e os Estados Unidos da América. Em 1779 assina um tratado semelhante com a Espanha e, em 1783, a Paz de Versalhes, tratado de paz com a Grã-Bretanha. Franklin não volta aos Estados Unidos até 1785. Neste mesmo ano preside ao Conselho Executivo de Filadélfia e em 1787 participa na Convenção de Filadélfia. Morreu de pleurisia em 1790.
Escreve numerosos ensaios e uma autobiografia, Memórias da Vida e Escritos de Benjamin Franklin. Estas memórias, publicadas em 1817, constam de duas partes. A primeira, redigida em forma de cartas ao seu filho, é escrita em 1771, durante a estada de Franklin em Inglaterra. Nela narra a história da sua vida até aos vinte e sete anos. A segunda parte já não é dirigida ao filho, que na guerra da independência se coloca ao lado dos Britânicos. Inicia-a em 1784, em Passy (França), e continua-a em Filadélfia. Chega até 1757 e trata do seu trabalho nos assuntos públicos. Estas memórias contêm sólidas reflexões morais.

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