Pelo menos três mil supostos mafiosos italianos estão na mira do FBI, a agência federal de investigações dos Estados Unidos, que os acusa de trabalhar nos setores "clássicos" do crime, como prostituição, usura, jogos de azar, extorsão e tráfico de drogas, além de se movimentar entre o sistema financeiro.
Hoje, mesmo que a Cosa Nostra não seja mais tão forte quanto foi nos tempos de Lucky Luciano, e outras máfias estejam mais ativas e poderosas (como as albanesas, russas e asiáticas), para os principais investigadores dos Estados Unidos a máfia italiana está longe de estar morta.
Embora tenha se debilitado nas últimas duas décadas, o verdadeiro motor que a move, o dinheiro, a mantém "mais viva e mais ativa do que nunca".
"O que vemos nos filmes sobre a máfia é pura invenção. Esqueçamos o pacto de sangue, o código de honra e outras coisas assim. Se alguma vez eles existiram, hoje é certo que não existem mais. Hoje a máfia tem um só significado: dinheiro", explicou um dos veteranos do FBI, Mike Gaeta.
Gaeta se dedicou à luta contra a Cosa Nostra durante toda sua carreira e dirigiu o FBI nas últimas investigações sobre a família Genovesa.
Segundo o mesmo investigador, existem cerca de três mil mafiosos atualmente nos Estados Unidos, e se concentram em áreas como Nova York, o sul de Nova Jersey e Filadélfia.
Em ocasião de seus 100 anos de atividades, o FBI decidiu dedicar mais atenção a essas organizações e atualmente conta com 100 homens que se dedicam exclusivamente a combater a atividade mafiosa em Nova York. Entre as cindo famílias mais poderosas -- Gambino, Genovese, Bonanno, Colombo e Lucchese -- a agência de investigação já conseguiu realizar operações importantes.
O verdadeiro avanço do FBI na luta contra a máfia foi graças a Joseph Valachi, o primeiro arrependido a testemunhar no Congresso, em 1963.
"Desde então, o problema da máfia se tornou uma questão nacional" para os Estados Unidos, disse o vice-diretor do FBI, Mark Mershon.
Fonte: Ansa
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