Anuncios!

sábado, 30 de julho de 2011

:: Carl Brashear ::

Carl Maxie Brashear (Toinville, 19 de janeiro de 1931 – Portsmouth, 25 de julho de 2006) foi o primeiro mergulhador-mestre americano negro da Marinha dos Estados Unidos, feito conseguido em 1970. Em 2000, a história de Brashear foi retratada no filme Homens de Honra (Men of Honor), interpretado por Cuba Gooding, Jr.

Brashear nasceu em 1931, em Toinville, numa pequena fazenda. Larue Country, Kentucky, filho do meeiro McDonald e Gonzella Brashear. Sua família era muito pobre, mas isso não impediu que Brashear tivesse sonhos riquíssimos: chegar ao posto de marinheiro. Estudou na Sonora Grade School, em Sonora, Kentucky, de 1937 à 1946.
Brashear teve que conviver com preconceito racial durante a sua vida.



Brashear se alistou na Marinha dos Estados Unidos em 25 de fevereiro de 1948. Ele se formou pela U.S. Navy Diving & Salvage School em 1954, tornando-se um mergulhador oficial da Marinha. Apesar de não ser o primeiro afro-americano mergulhador (tinham três afro-americanos mergulhadores na Segunda Guerra Mundial), ele foi o primeiro a se formar na Diving & Salvage School. Brashear também foi o primeiro mergulhador negro oficial da Marinha, e também o primeiro a ser reintegrado após ter uma perna amputada.



Em Janeiro de 1966, agora conhecido como o Incidente Palomares, uma bomba nuclear B28 foi perdida na costa de Palomares, Espanha, depois do B-52G Stratofortress dos Estados Unidos se colidir com um KC-135 durante o reabastecimento em vôo. Brashear estava servindo a bordo do USS Hoist (ARS-40) quando foi chamado para ajudar na procura da bomba para a força aérea. A ogiva foi encontrada após dois meses e meio de procura. Durante a recuperação, em 23 de Março de 1966, uma linha usada para o reboque arrebentou, causando um estrago irreparável na perna de Brashear, logo abaixo do joelho. Ele foi evacuado de Torrejon Air Base, na Espanha, para Wiesbaden, Alemanha, e finalmente para o hospital naval em Portsmouth, Virginia. Abalado com infecções persistentes e com necrose, juntando os anos de fisioterapia em vão, Brashear convenceu os médicos a amputarem a parte inferior de sua perna. Brashear permaneceu no Naval Regional Medical Center, em Portsmouth, para reabilitação, de Maio de 1966 até Março de 1968. De março de 1967 a março de 1968, o Chefe Brashear foi atribuído para Harbor Clearance, Unidade Dois, Diving School, preparado para retornar às atividades impostas para seu cargo. Em abril de 1968, depois de uma longa luta, ele se tornou o primeiro amputado a ser reintegrado como mergulhador. Em 1970, ele se tornou o primeiro afro-americano mergulhador chefe da Marinha dos Estados Unidos, e serviu durante mais de 10 anos até, eventualmente, ser promovido como o primeiro contramestre negro da Marinha dos Estados Unidos. Brashear foi motivado por suas crenças: "Não é um pecado cair. É um pecado continuar no chão" e "Eu não vou deixar ninguém roubar meus sonhos.

Brashear se aposentou da Marinha dos Estados Unidos em 1 de abril de 1979, como Comandante Dirigente Chefe. Ele também serviu como empregado civil para o governo na Naval Station Norfolk, em Norfolk, Virginia, e se aposentou em 1993 com o cargo de GS-11.

Brashear casou e se divorciou três vezes: A primeira com Junetta Wilcoxson (1952-1978), Hattie R. Elam (1980-1983), e Jeanette A. Brundage (1985-1987). Ele teve quatro filhos: Shazanta (1955-1996), DaWayne, Philip e Patrick. Cuba Gooding, Jr. interpretou Brashear no filme Homens de Honra, filme inspirado na história real de Carl Brashear.
Brashear morreu de parada respiratória e falência cardíaca no Portsmouth Naval Medical Center, em Portsmouth, Virginia, em 25 de Julho de 2006, aos 75 anos de idade. Ele está enterrado no Woodlawn Memorial Gardens, em Norfolk, Virginia.

Depois de sua morte, seus filhos DaWayne e Phillip Brashear iniciaram a fundação Carl Brashear, em sua homenagem.

Condecorações e medalhas

Navy and Marine Corps Medal
Navy and Marine Corps Commendation ribbon.svg Navy and Marine Corps Commendation Medal
Navy and Marine Corps Achievement ribbon.svg Navy and Marine Corps Achievement Medal
NavyPres.gif Navy and Marine Corps Presidential Unit Citation
Navy Unit Commendation ribbon.svg Navy Unit Commendation
Navy Good Conduct ribbon.svg Navy Good Conduct Medal (with 1 silver and 2 bronze service stars)
China Service Medal ribbon.svg China Service Medal
Army of Occupation ribbon.svg Navy Occupation Service Medal
National Defense Service Medal ribbon.svg National Defense Service Medal
KSMRib.svg Korean Service Medal
AFEMRib.svg Armed Forces Expeditionary Medal
United Nations Service Medal for Korea ribbon.png United Nations Service Medal
Korean War Service Medal ribbon.png Korean War Service Medal
Secretary of Defense Medal for Outstanding Public Service

Honras

Brashear foi homenageado pela Secretary of Defense Medal for Outstanding Public Service, em outubro de 2000 por 42 anos de serviço militar e serviços civis federais. A entrega do prêmio foi apresentada pelo secretário da defesa William Cohen.
Em 24 de outubro de 2007, o Newport News Fire Department, dedicou um barco de 10m de alta velocidade, com o nome de Carl Brashear para ser usado para mergulhadores da Marine Incident Response Teams.
Os navios de carga The Lewis e Clark-class da USNS Carl Brashear (T-AKE-7) foi batizado em sua homenagem em San Diego, California, dia 18 de Setembro de 2008.
Em 21 de Fevereiro de 2009, Nauticus, um museu de ciência marítima no centro de Norfolk, Virginia, abriu uma exibição chamada "Sonhos de um mergulhador: A vida do Comandante Dirigente Chefe Carl Brashear". É a primeira exibição do museu em grande escala dedicado à Brashear.

13 comentários:

  1. Bela história de vida, serve como exemplo para muitos neste mundo..=]

    ResponderExcluir
  2. PARA QUEM NÃO SABE O MILITAR QUE NA PRIMEIRA FOTO EM GRUPO ESTÁ SENTADO NO LADO ESQUERDO E NA SEGUNDA FOTO À FRENTE DE CARL BRASHEAR É DA MARINHA DO BRASIL, NATALENSE ALBERTO JOSÉ DO NASCIMENTO. NO FILME ELE FOI SUBSTITUIDO PELO ALUNO GAGO QUE FICOU AMIGO DE CARL E O ACEITOU SENDO NEGRO.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa Tarde meus amigos é verdade o único brasileiro nessa turma um natalense onde não está mais entre nós mas que deixou um legado,éramos grande amigos e tive a honra de trabalhar com Sr Alberto José do Nascimento tirando cabo submarino.vai deixar saudade !!!

      Excluir
    2. Falecimento – Nosso grande HOMEM DE HONRA – Mergulhador Alberto José do Nascimento
      Falecimento – Nosso grande HOMEM DE HONRA – Mergulhador Alberto José do Nascimento



      Pouca gente sabe, mas na mesma turma em que o lendário mergulhador Carl Braesher realizou seu curso de mergulho, onde foi extremamente discriminado, maltratado e quase reprovado, um brasileiro também se formou. O sargento Alberto José do Nascimento foi um dos pouquíssimos brasileiros que tiveram a honra de entrar no seleto grupo que nos anos 50 conseguiu completar o curso de mergulhador na US NAVY. A história da turma e da discriminação contra CARL BRAESHER é contada no filme HOMENS DE HONRA.



      A Revista Sociedade Militar foi informada que o honrado mergulhador Alberto José do nascimento faleceu nesse domingo aos 91 anos de idade. Ele foi o único que permaneceu no alojamento de praças quando BRAESHER se apresentou para cursar, por conta disso acabaram se tornando amigos. Ele confirma muito do que foi exibido no filme HOMENS DE HONRA, exceto a disputa entre BRAESHER e o instrutor para ver quem aguentaria mais tempo prendendo a respiração.

      “Fui eu quem fiquei no alojamento, então aquele cara do filme está me representando. Agora, aquela gagueira, todo o resto que acontece ao personagem é fantasia. Um cara como ele não entraria nunca em uma escola de elite feito aquela. Ali só entravam os melhores”, disse ao Jornal a Tribuna, em 2004.

      O brasileiro contou também que realmente ocorreu o salvamento de um aluno preso no fundo do mar. Foi Alberto quem participou junto com Carl Brashear do salvamento.Inclusive, o natalense recebeu todos os méritos quando na verdade a maior participação no feito foi do marinheiro negro.

      Nossos sentimentos à família e amigos

      Excluir
  3. Itaercio Porpino - Repórter

    Quem já assistiu ao filme “Homens de Honra”, de 2000, sabe que aquela história é baseada em acontecimentos reais: na vida do primeiro negro (Carl Brashear) a se tornar mergulhador de resgate da Marinha americana, no início dos anos 50. O que ninguém faz idéia é que um natalense tenha vivido grande parte daqueles episódios. Inclusive, na escola de mergulho de resgate foi ele o único a se aproximar e ficar amigo de Carl, quando todos os aspirantes brancos americanos o hostilizavam e até perseguiam.

    No filme, o natalense Alberto José do Nascimento - hoje com 77 anos - seria aquele único aspirante que, logo nas primeiras cenas da escola de mergulho, permanece no alojamento após a entrada de Brashear, enquanto todos os outros se retiram, sentindo-se ofendidos e dizendo que “não dividem o mesmo espaço com um negro”. Porém, não é feita nenhuma referência à presença de brasileiros na turma. O personagem que representa o potiguar foi substituído por um americano gago.

    “Fui eu quem fiquei no alojamento, então aquele cara do filme está me representando. Agora, aquela gagueira, todo o resto que acontece ao personagem é fantasia. Um cara como ele não entraria nunca em uma escola de elite feito aquela. Ali só entravam os melhores”, diz.

    Alberto conta que foi ele quem participou junto com Carl Brashear do salvamento de um colega preso no fundo do mar. Inclusive, o natalense recebeu todos os méritos quando a maior participação no feito foi do marinheiro negro. O filme retrata esse episódio, mas o aspirante que estava ajudando Brashear, na ficção, era outro, que, inclusive, acabou fugindo. Ainda assim, ele foi condecorado com medalha de honra.

    “Teve esse salvamento, mas ele não aconteceu assim. Não houve medalha e também não foi um americano que participou da operação, e sim eu. Como no filme, Brashear ficou muito irritado diante da injustiça”, lembra o ex-mergulhador potiguar.

    Natalense desconhece episódio de disputa com o comandante

    Alberto fala que desconhece o episódio em que Brashear venceu o comandante, diante dos outros aspirantes, numa disputa para ver quem ficava mais tempo com a cabeça submersa na água. “Acho difícil de ter acontecido, até porque o filme mostra que o episódio se deu num bar, com todos juntos. “Os americanos não ficavam no mesmo espaço que Brashear nem falavam com ele. Uma vez fizemos um rateio para uma festa e não deixaram ele participar. A segregação racial era muito forte nos EUA nessa época. Nos ônibus, os negros só podiam ir na parte de trás. Já lá na escola da Marinha, os americanos se referiam a ele como negro filho da p.”.

    ResponderExcluir
  4. Para Alberto José do Nascimento, o filme retrata bem a determinação de Brashear de se tornar mergulhador da Marinha americana. A parte técnica (equipamentos e situações vividas naquele tipo de ambiente) está impecável, segundo ele.

    Porém, ele presenciou o episódio do teste final da escola. Para conseguir ser aprovado como mergulhador de resgate, os aspirantes tinham que montar, no menor tempo possível, várias ferramentas pequenas (parafusos, porcas, ruelas) em uma peça maior jogada ao fundo do mar. O detalhe é que as sacolas com as ferramentas de todos os brancos foram jogadas fechadas. A de Brashear foi rasgada e suas peças espalhadas no fundo do oceano para que ele não completasse a prova. “Aconteceu daquele jeito do filme: ele ficou por mais de nove horas embaixo d’água, quase congelou, mas somente subiu com a peça montada”.

    Ex-marujo integrou a turma 56 da escola

    O ex-marujo natalense Alberto José do Nascimento tem muita história para contar. E não é conversa de pescador não, é de mergulhador mesmo.

    Ele se aposentou aos 39 anos e, com o dinheiro que juntou, abriu uma firma de salvamento em alto mar no Rio de Janeiro, onde morou por 40 anos. Chegou a ter três navios, mas deixou seu negócio naufragar por mau gerenciamento. “Vendi os navios fiado e perdi tudo. Hoje vivo da aposentadoria”, diz, mas sem se lamentar. Ao lado de Brashear, nos Estados Unidos, Alberto e todos os outros não passavam de meros coadjuvantes, mas ele garante ter sido um dos dez melhores da turma, aprovado com 75% de aproveitamento. “No curso eu estava sempre no topo, e no Brasil não sei de ninguém que tenha feito mais salvamentos que eu”.

    Para integrar a turma 56 da escola de mergulho de resgate da Marinha americana — considerada a melhor do mundo — Alberto teve que passar por uma seleção rigorosa, disputando com vários marinheiros brasileiros. Somente ele e outro passaram.

    ResponderExcluir

  5. Na época ele servia na Marinha do Rio de Janeiro, onde chegou com 17 anos de idade, depois de ter deixado Natal. Nos Estados Unidos, Alberto ficou somente por quatro meses — o tempo de duração do curso. Voltou àquele país uma segunda vez para fazer outro curso de capacitação.

    O ex-marujo voltou para Natal já tem quase 20 anos. É na paz de Extremoz que ele vive com suas lembranças e histórias que dariam um livro.

    Filme retrata preconceito contra as pessoas negras

    Oriundo de uma humilde família negra, que vivia em uma área rural em Sonora, Kentucky, ainda garoto Carl Brasher já adorava mergulhar. Quando jovem, se alistou na Marinha esperando se tornar um mergulhador.

    Inicialmente Carl trabalha como cozinheiro, uma das poucas tarefas permitidas a um negro na época. Quando resolve mergulhar no mar em uma sexta-feira acaba sendo preso, pois os de sua cor só podiam nadar às terças. Mas sua rapidez ao nadar é vista por todos e assim ele se torna um “nadador de resgate”, por iniciativa do capitão Pullman (Powers Boothe).

    Quando Brashear entra na escola de mergulhadores, encontra o comandante Billy Sunday (Robert De Niro), um instrutor de mergulho áspero e tirânico que tem absoluto poder sobre suas decisões. No princípio Sunday faz muito pouco para encorajar as ambições de Brashear. O aspirante a mergulhador descobre que o racismo nas forças armadas é um fato quando os outros aspirantes brancos - exceto Snowhill (Michael Rapaport), se negam a compartilhar um alojamento com um negro.

    Mas a coragem e determinação de Brashear impressionam Sunday e os dois se tornam amigos quando Brashear tem de lutar contra o preconceito e a burocracia militar, que quer acabar com seus sonhos de se tornar comandante.

    Um incidente atinge seriamente a perna de Carl, que para não ser reformado pede que lhe amputem o membro. Ele começa aí uma nova luta para provar que pode voltar a mergulhar. O abnegado marujo consegue e, negro e amputado, torna-se comandante em 1968, aposentando-se nove anos depois, em 1970. Brashear está hoje com 77 anos, a mesma idade do ex-colega potiguar Alberto José do Nascimento. A diferença é a fama e os muitos dólares. “A história foi romanceada para dar mais emoção”, disse o natalense.

    ResponderExcluir
  6. Eu lir todos os comentários sobre o Sr Alberto José do Nascimento, sera que é verdade?
    A imprensa brasileira nunca escreveu nenhum feito sobre esse senhor, a minha duvidú está história é verídica ou e Fake?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim é verdade! Mas no Brasil histórias como essa, que enaltecem nossas qualidades, não são contadas.

      Excluir
  7. Conheci o Alberto em Jurujuba. Mergulhador com conhecimento de fisica, fisiologia e equipamentos. Era amigo de Arduino Colasanti.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Incentive todos que conhecem o Alberto a contar esta bonita história!

      Excluir