O analfabetismo funcional constitui um problema silencioso e perverso que vem afetando o nosso país. Como todos sabemos, o problema não está na falta de alfabetização, senão na própria. Explico: a política irresponsável do governo Lula prioriza os índices sociais em detrimento dos resultados práticos no ensino.
Hoje em dia é muito mais importante, politicamente dizendo, que uma escola pública aprove todos os alunos, independente se saibam ou não ler ou entender o que estão lendo. Professores da rede pública municipal e estadual são convidados -para não dizer obrigados-, pelas respectivas secretarias de ensino, a aprovarem todos os alunos, desde aquele que só tira nota 10 até o que vai à escola só para vandalizar e tirar 0. Será que o aluno aplicado permanecerá com a mesma mitivação ao ver que o colega, que só fez bagunçar o ano todo, também foi premiado com a aprovação? Acho que não!
Por que isso? As secretarias de ensino trabalham com índices sociais que precisam, segundo uma política de ensino torta, ser suplantados ano a ano. Em um sistema de ensino sério e não manipulado, um maior índice de aprovação está, lógico, relacionado proporcional e diretamente à qualidade do ensino. Assim sendo, fazendo uma aplicação equivocada que utiliza o fim para justificar o meio, eles mandam aprovar todo mundo para parecer que tudo vai bem nas escolas públicas. Nós sabemos que não dada a quantidade de gente que mal sabe escrever.
E o que é pior: já tem uma geração de analfabetos funcionais lecionando. Meu afilhado, um "bostica" de 8 anos, me disse dias destes -depois de eu ter indicado que ele estava escrevendo errado-, que a sua geração não era mais a da "decoreba" como a minha, já que segundo a sua professora, o importante mesmo era se fazer entender...
Se já não fosse bastante, parece que agora o Conselho Nacional de Ensino quer instituir esta insensatez. Novas diretrizes para o ensino fundamental indicam que não haveria mais repetência nos três primeiros anos do ensino fundamental.
É triste comprovar que o fenômeno parece se estender como espuma. É triste ver que o conselho maior de ensino, sem consultar os pais, se mostre mais interessado na aprovação do que no aprendizado, como se o primeiro fosse uma exigência social impreterível e o segundo não tivesse mais que um simples caráter complementar.
O que você opina sobre o assunto? Acha que estas novas diretrizes de ensino irão diminuir o analfabetismo funcional?
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