República da Karelia: é uma divisão da federação russa, como um estado. Sua capital é Petrozavodsk e seu território, de 180 mil km² é composto de 25% de água dos mais de 60 mil lagos e 83 mil km de rios que possui. Complementando essa paisagem, 49% da área são ocupadas por bosques. Porém, Karélia ou Carélia também é o nome de uma região ainda mais ampla, que alcança a Finlândia.
A região norte, especificamente, da República da Karélia [Federação Russa] é notável por seus tesouros arqueológicos que começaram a ser revelados nos anos de 1900 quando o poeta e pesquisador de história e geografia, Nikolai Gumilyov descobriu antigos petroglifos em uma formação de rochas.
Gumilyov era um explorador experiente e ouvira falar de um certo Stone Book [um Livro de Pedra] que conteria informações sobre sobre épocas remotas, quando existiu a mítica nação de Mu de onde, possivelmente, saíram as tribos eslavas. As primeiras referências ao país ou continente de Mu remontam ao século 4 a.C. e dizem que a lendária civilização localizava-se a a oeste do reino do Egito e que podia ser alcançado pela água. Partindo de um grande lago, havia um caminho para o mar.
Alexandre, o Grande teria procurado às terras de Mu onde pretendia obter conhecimentos sagrados. Ele procurou por Mu na região de Pamir [cordilheira, montanhas situadas na Ásia Central], onde viveram os Citas [povo iraniano, pastores, nômades e eqüestres [criavam e montavam cavalos].
Scythians ou Citas, há muito mistério em torno da história deste povo. Eles teriam sido os ancestrais dos antigos arianos e habitaram a maior parte das terras eslavas. Alguns estudiosos acreditam que os Citas partiram da África e povoaram desde a Europa ocidental até o hemisfério norte oriental do mundo. Outros, acham que esses nômades vieram da Sibéria fugindo de um clima muito frio, extremamente adverso.
Os arianos foram uma civilização altamente desenvolvida. Alguns acreditam que eles foram os primeiros construtores de pirâmides, incluindo as do Egito. Para confirmar esta teoria, os pesquisadores apontam as estruturas em forma de pirâmide que são encontradas na Rússia central, na Criméia, Sibéria, montes Urais, que são consideradas mais antigas que as egípcias.
Nikolai Konstantinovich Rerich ou Nicholas Roerich
[1874-1947] pintor, escritor, historiador, poeta russo
Nicolai Roerich [1874-1947], famoso explorador do extremo oriente, Asia Central e Ásia Menor, também pensava que a misteriosa terra de Mu localizava-se no norte da Rússia. Ele pensava no enorme lago descrito em escritos antigos como porto de acesso ao mar Mediterrâneo. A fonte de informação de Roerich falava de um líder ariano chamado Phoebus [Febo], mais uma vez, uma divindade solar, patriarca de todos os arianos e dotado de vida eterna.
Phoebus e seus seguidores procuravam a entrada de Shambala, que seria a morada subterrânea dos deuses onde o Livro de Pedra é preservado. O livro é uma compilação da sabedoria de povos arcanos. O próprio Phoebus teria produzido seu Livro de Pedra, gravando textos em caracteres gigantescos em paredões de rocha.
Os desenhos representam desde animais, pássaros, peixes, caçadores, até criaturas estranhas, figuras que parecem ser corpos celestes, símbolos desconhecidos que os especialistas não conseguiram decifrar ainda.
Estranhos animais nos petroglifos de Karelia
Nicolai Roerich foi um dos muitos pesquisadores viajantes que procuraram a cidade mítica de Shambala, que seria até hoje habitada por ancestrais remotíssimos do ser humano, os remanescentes das últimas fases da Segunda Raça Humana, os chamados Sem-Ossos e os que pertenceram às primeiras fases da Terceira Raça Humana, os Lemurianos [segundo a Doutrina Secreta conforme a Teosofia de H. P. Blavatsky].
O historiador Alexei Popov revela outras curiosidades culturais da região: Karelia é famosa pelas seitas que cultuam divindades primitivas, como rochas, pirâmides de pedra e outras estruturas arquitetônicas artesanais. O Karelianos Lapões preservam crença de que as almas dos mortos ficam na Terra onde abrigam-se em rochas. A idéia ganha vida quando vento, atravessando as frestas dos paredões, produzem sons agudos que são o canto das pedras.
FONTE: TROITSINA, Margarita. Mysterious Shambhala Found in Russia
IN Pravda English publicado em 11/06/2010
[http://english.pravda.ru/science/mysteries/11-06-2010/113761-shambhala-0
Tradução Ligia Cabus
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